quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Leben 1


"Ich bin allein, ich stell die Aschenblume
ins Glas voll reifer Schwärze."

Paul Celan, Sete rosas mais tarde, Lisboa: Edições Cotovia, 1993, s. 20

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

sábado, 11 de setembro de 2010

Heute war ich ganz still beim Meer...







"Die schöne Sonne
Ist ruhig hinabgestiegen ins Meer;
Die wogenden Wasser sind schon gefärbt
Von der dunkeln Nacht,
Nur noch die Abendröte
Überstreut sie mit goldnen Lichtern;
Und die rauschende Flutgewalt
Drängt ans Ufer die weißen Wellen,
Die lustig und hastig hüpfen,
Wie wollige Lämmerherden,
Die abends der singende Hirtenjunge
Nach Hause treibt."


Heinrich Heine, "Untergang der Sonne", in Buch der Lieder, in http://www.textlog.de/23322.html

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Aus Duft sei die Liebe...



"In Frühlings Heiligtume,
Wenn dir ein Duft an's Tiefste rührt,
Da suche nicht die Blume,
Der ihn ein Hauch entführt.

Der Duft läßt Ew'ges ahnen,
Von unbegrenztem Leben voll;
Die Blume kann nur mahnen,
Wie schnell sie welken soll."

Friedrich Hebbel, Sämtliche Werke. 1. Abteilung: Werke, Berlin ,1911, S. 260 (in http://www.zeno.org/Literatur/M/Hebbel,+Friedrich/Gedichte/Gedichte+(Ausgabe+letzter+Hand)/Vermischte+Gedichte/Blume+und+Duft).

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Es sollte eigentlich anders sein...


"O sol é sempre o mesmo e o céu azul
ora é azul, nitidamente azul,
ora é cinza, negro, quase verde...
Mas nunca tem a cor inesperada.
O Mundo não se modifica.
As árvores dão flores,
folhas, frutos e pássaros
como máquinas verdes.
As paisagens também não se transformam.
Não cai neve vermelha,
não há flores que voem,
a lua não tem olhos
e ninguém vai pintar olhos à lua.
Tudo é igual, mecânico e exacto.
Ainda por cima os homens são os homens.
Soluçam, bebem, riem e digerem
sem imaginação.
E há bairros miseráveis, sempre os mesmos,
discursos de Mussolini,
guerras, orgulhos em transe,
automóveis de corrida...
E obrigam-me a viver até à Morte!
Pois não era mais humano
morrer por um bocadinho,
de vez em quando,
e recomeçar depois, achando tudo mais novo?
Ah! se eu pudesse suicidar-me por seis meses,
morrer em cima dum divã
com a cabeça sobre uma almofada,
confiante e sereno por saber
que tu velavas, meu amor do Norte.
Quando viessem perguntar por mim,
havias de dizer com teu sorriso
onde arde um coração em melodia:
"Matou-se esta manhã.
Agora não o vou ressuscitar
por uma bagatela."
E virias depois, suavemente,
velar por mim, subtil e cuidadosa,
pé ante pé, não fosses acordar
a Morte ainda menina no meu colo..."

José Gomes Ferreira, in http://oencantodafilosofia.blogs.sapo.pt/20647.html

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Nur weil ich dich gern habe... 2

Nur weil ich dich gern habe... 1


"Aus meinen grossen Schmerzen
 Mach ich die kleinen Lieder;
 Die heben ihr klingend Gefieder
 Und flattern nach ihrem Herzen.

 Sie fanden den Weg zu Trauten,
 Doch kommen sie wieder und klagen,
 Und klagen, und wollen nicht sagen,
 Was sie im Herzen schauten"

Henrich Heine, Gedichte, Stuttgart: Reclam, 1993, s. 16