quarta-feira, 29 de julho de 2015

Es ist ein Geheimnis




"HENSLOWE is making his way from the theatre to the market place when FENNYMAN and LAMBERT appear at either shoulder and propel him back the way he came. FREES follows behind.

FENNYMAN
This time we take your boots off!


HENSLOWE
What have I done, Mr. Fennyman ?


FENNYMAN
The theatres are all closed by the plaque !


HENSLOWE
Oh, that.


FENNYMAN
-by order of the Master of the Revels !


HENSLOWE
Mr. Fennyman, let me explain about the theatre business.

(They stop)

HENSLOWE (Cont'd)
The natural condition is one of unsurmountable obstacles on the road to imminent disaster. Believe me, to be closed by the plague is a bagatelle in the ups and downs of owning a theatre.


FENNYMAN
So what do we do ?


HENSLOWE
Nothing. Strangely enough, it all turns out well.


FENNYMAN
How ?


HENSLOWE
I don't know. It's a mystery.


LAMBERT
(dumbly)
Should I kill him Mr. Fennyman ?


At the point a rising din is heard in the background. A messenger, ringing a bell, is running through the street.

MESSENGER
...The theatres are reopened. By order of the Master of Revels, the theatres are reopened ...


FENNYMAN is intrigued.

FREES
Mr. Fennyman ! Mr. Tilney has opened the playhouses.


FENNYMAN
Yes I heard."


Shakespeare in Love in http://www.cinetropic.com/shakespeare/page5.html

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Ich weiss: Es ist einfacher, einem Feind zu vergeben, als einem Freund! (William Black)



"É altura de escrever sobre a espera. A espera tem unhas de fome, bico calado, pernas para que as quer. Senta-se de frente e de lado em qualquer assento. Descai com o sono a cabeça de animal exótico enquanto os olhos se fixam sobre a ponta do meu pé e principiam um movimento de rotação em volta de mim em volta de mim   de ti.

Nunca te conheci - assim explico o teu desaparecimento. Ou antes: separei-me de ti no solstício de um verão ultrapassado. (...) Assim nos separámos. (...)

Alguma vez pretendi dizer-te o que quer que fosse? Falava por paixão por tibieza por desgosto por claridade por frio por cansaço

nunca por pretender dizer o que quer que fosse.

Não me desculpo. Se já me cai o cabelo se já não sinto os ombros é porque o amor é difícil ou a minha cabeça uma pedra escura que carrego sobre o corpo a horas e desoras ostentando-a como objecto público sagrado purulento. O odor que as pedras têm quando corpos. O apocalipse de tudo quando amamos. O nosso sangue em pó tornado entornado."

Luíza Neto Jorge, Poesia, Lisboa: Assírio & Alvim, 2001, p. 110


segunda-feira, 13 de julho de 2015

Für Axel




"Guarda a manhã
Tudo o mais se pode tresmalhar

Porque tu és o meio da manhã
O ponto mais alto da luz
Em explosão"

                                                                                                                             Daniel Faria, Poesia, Lisboa: Assírio & Alvim, 2012, p.80

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Gebet 4



"Dai-me a oportunidade de aprender através do meu amor. Porque o amor nunca afastou ninguém dos seus sonhos."

Paulo Coelho, Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei, Lisboa: Pergaminho, 2000:185-6

terça-feira, 7 de julho de 2015

Namastê



"Também poderia ter escrito de ter provado no deserto
O Silêncio, o dilúvio

A pequena península de água
Que o silêncio não enxuga"

Daniel Faria, Poesia, Lisboa: Assírio & Alvim, 2012, p.269

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Nächstes mal?



"Vou fazendo horas - metade da vida é uma perdulária expectativa. E tonta. E ansiosa. E inútil. Como quem se sentou numa gare do caminho-de-ferro, à espera de um comboio que não se sabe quando passará e qual o seu destino. Certeza, e relativa, está apenas no local de espera. E às vezes na própria espera. Se chegamos a concretizar a viagem, o lugar aonde o comboio nos levou, desilude-nos. Isso, porém, não impede que tudo venha a repetir-se. Desperdiça-se o instante real e concreto, mas que, como areia, se nos escapa das mãos, em favor de uma ilusória vez seguinte."

Fernando Namora, in Jornal Sem Data