"(...) já se sabia que aquelas palavras não serviam para conforto nenhum, caíam em saco roto apenas a moerem os ouvidos. sentaram-se nas traseiras do prédio, como sempre, calaram-se brevemente a olhar o silêncio que faziam as cordas da roupa vazias, ficavam a balouçar pouco, atravessadas no ar com algum sem sentido, iguais a riscos suspensos, coisas para atrapalhar a passagem ou fazer as pessoas sentirem-se presas."
valter hugo mãe, o apocalipse dos trabalhadores , Editora Objectiva, 2013, pp. 76-7
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