"que nada peturbe o teu percurso, constrói a tua obra, é isso a única coisa que conta. é essa a única maneira de fulgurares acima de qualquer banalidade. não tem mal elevares-te , é próprio dos que se sabem grandes (...) não tem mal desejares andar sobre as águas ou qualquer outra coisa. o mundo pertence-te, faz dele o que quiseres, aniquila-o, recria-o, despede-te dele. (...) não tenhas medo, avança sempre, mesmo que te encontres sozinho à beira do rio que te consumirá os ossos. a morte assusta menos se a tiveres desejado e possuído a vida. que nada perturbe a tua obra, porque só nela sobreviverás. (?)"
Al Berto, Diários, Lisboa: Assírio & Alvim,
2012, p. 277
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