"Estou só, é uma tarde de calor. Então lembrei-me de outrora, ouvia-se ao menos o pêndulo do relógio. Olho a parede no meio da sala, por cima do aparador, está lá ainda o relógio. Tem um mostrador redondo que se alarga para baixo até à caixa do pêndulo.(...) Está parado nas três e meia- Devem ser horas da noite, que é quando o tempo se suspende. O silêncio em toda a casa. O silêncio dentro de mim."
Vergílio Ferreira, para sempre, Lisboa: Bertrand Editora, 2001 , p. 109
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