"Da minha natureza brotou um fero desespero; um abandono à dor que até compungia ver; raiva sensível e impotente; azedume e desdém; angústia que chorava alto; aflição que não podia encontrar voz; dor que era muda. Atravessei todas as possíveis modalidades do sofrimento. Melhor que o próprio Wordsworth sei o que Wordsworth queria dizer quando escreveu:
«O sofrimento é permanente, obscuro,
E tem a natureza do infinito.»"
Óscar Wilde, De Profundis seguido da Balada do Cárcere de Reading, Lisboa: Portugália Editora, 2008, p. 21
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