"Não há nada tão próximo da eternidade como um segundo. E foi num segundo, nesse átomo de tempo, que tudo aconteceu... (...)
Um segundo que se intrometeu na eternidade como velha alcoviteira. São Pedro deu-se logo conta. Ela estava sentada, diáfana e pura como todas as outras almas, um tanto incomodada com aquela túnica asséptica e saudades do seu vestido de chita de florzinhas azuis.
«Saudades?» franzia o cenho o guardião dos céus."
Fernando Campos, "O Inferno e o Paraíso" in Viagem ao Ponto de Fuga, Lisboa: Difel, 1999, p. 41
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