"ANTO
Mais nada. Boas noites. Fecha a porta
(Que linda noite! Os cravos vão abrir...
Faz tanto frio!): Apaga a luz! (Que importa?
A roupa chega para me cobrir...)
A MÃE DE ANTO
Aqui, espero-te, há que tempo enorme!
Tens o lugar quentinho...
Toma lá para ti, guarda. E ouve: na hora
Final, quando a trombeta além se ouvir,
Tu não me venhas acordar, embora
Chamem... Ah, deixa-me dormir, dormir!
DEUS
Dorme, dorme."
António Nobre, Só, Aveiro: Estante Editora, 1989, pp. 198-9
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