não durmo ainda não clamo a dor da tua seca mão do teu baço olhar não durmo ainda não temo a palavra do brusco gesto da tua partida mas não não durmo ainda deixo que o sol me vista antes do sono
gostava de te contar como me fazes falta como me pesam os dias da tua ausência como me sufocam as palavras que te não digo gostava de te contar mas na tua presença os lábios se apertam a voz desaparece e baixo os olhos que me traem eu sei o teu caminho é outro e o meu segue a corrente da água estagnada
faltam-te as flores de pétalas caídas e espinhos a sagrarem-te as mãos faltam-te os versos de rimas poéticas e sons cadenciados de mel falta-te o brilho que realça o azul dos olhos dos apaixonados falta-te o toque suave a voz trémula