sábado, 31 de outubro de 2015
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
quinta-feira, 22 de outubro de 2015
Was wäre wenn...
"Et je suis comme une île en plein océan
On dirait que mon coeur est trop grand
Rien à lui dire, il sait bien que j'ai tout à donner"
Marnay, "D'amour ou d'amitié, 2005
sábado, 17 de outubro de 2015
Einfach nichts sagen...
"Porque tudo nasce ali, na vez da sua voz. Contar uma história é deitar sombras no lume. Tudo o que a palavra revela é, nesse mesmo instante, consumido pelo silêncio. Só quem reza, em total entrega da alma, sabe desse acender e tombar da palavra nos abismos."
Mia Couto, A confissão da leoa, Alfragide: Editorial Caminho, 2012, p.99
sábado, 10 de outubro de 2015
Für einen Freund, der Hoffnung braucht (Für A. S.)
"Um horizonte, — a saudade
Do que não há de voltar;
Outro horizonte, — a esperança
Dos tempos que hão de chegar;
No presente, — sempre escuro,—
Vive a alma ambiciosa
Na ilusão voluptuosa
Do passado e do futuro.
Os doces brincos da infância
Sob as asas maternais,
O vôo das andorinhas,
A onda viva e os rosais;
O gozo do amor, sonhado
Num olhar profundo e ardente,
Tal é na hora presente
O horizonte do passado.
Ou ambição de grandeza
Que no espírito calou,
Desejo de amor sincero
Que o coração não gozou;
Ou um viver calmo e puro
À alma convalescente,
Tal é na hora presente
O horizonte do futuro.
No breve correr dos dias
Sob o azul do céu, — tais são
Limites no mar da vida:
Saudade ou aspiração;
Ao nosso espírito ardente,
Na avidez do bem sonhado,
Nunca o presente é passado,
Nunca o futuro é presente.
Que cismas, homem? – Perdido
No mar das recordações,
Escuto um eco sentido
Das passadas ilusões.
Que buscas, homem? – Procuro,
Através da imensidade,
Ler a doce realidade
Das ilusões do futuro.
Dois horizontes fecham nossa vida."
Machado de Assis, "Os dois horizontes", in Crisálidas (http://www.citador.pt/)
domingo, 4 de outubro de 2015
Zweite Stufe
"Tacteia o teu percurso através
do lado sombrio do nada
até encontrares o teu caminho."
Richard Zimler, A voz do Amor. 27 Haiku Cabalísticos. Braga: AL Publicações. 2015, p. 63
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
Vorabend 2
"Só há um modo de escapar de um lugar: é sairmos de nós. Só há um modo de sairmos de nós: é amarmos alguém.
Excerto roubado aos cadernos do escritor"
Mia Couto, A confissão da leoa, Alfragide: Editorial Caminho, 2012, p.31
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
Umsonst
"Por
ti falo. E ninguém sabe. Mas eu digo
meu irmão minha amêndoa meu amigo
meu tropel de ternura minha casa
meu jardim de carência minha asa.
Por ti morro e ninguém pensa. Mas eu sigo
um caminho de nardos empestados
uma intensa e terrífica ternura
rodeado de cardos por muitíssimos lados.
Meu perfume de tudo minha essência
meu lume minha lava meu labéu
como é possível não chegar ao cume
de tão lavado céu?"
meu irmão minha amêndoa meu amigo
meu tropel de ternura minha casa
meu jardim de carência minha asa.
Por ti morro e ninguém pensa. Mas eu sigo
um caminho de nardos empestados
uma intensa e terrífica ternura
rodeado de cardos por muitíssimos lados.
Meu perfume de tudo minha essência
meu lume minha lava meu labéu
como é possível não chegar ao cume
de tão lavado céu?"
Ary dos Santos, Obra Poética, Lisboa: Edições Avante, 1995, p. 276
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