domingo, 29 de abril de 2012
Ich liebte deine Stärke (Für M. C. G.)!
"Busquemos penas
As palavras repetidas
As gaivotas mais altas
Mais perdidas"
Daniel Faria, Poesia, edição de Vera Vouga, 2ª ed., V. Nova de Famalicão: Quasi Edições, 2006, p. 341
"A vida é curta para sonhos realizar,
E embora o Homem pense ser eterno,
Quando damos fé, estamos a chegar,
Ao fim do Outono, princípio de Inverno."
Maria Cláudia Guedes, Poemas de Fins de Outono e Princípios de Inverno, edição de Autor, Penafiel, 2001.
sábado, 28 de abril de 2012
Hoffnung (Für dich)
"Du bist zur Zeit
ein leeres Sehnsuchtsblatt
in meinem Herzen.
Und doch fühle ich,
dass wir es eines Tages
wieder gemeinsam
beschriften werden."
Kristiane Allert-Wybranietz, Lieber Güsse, Lucy Körner Verlag, s.20
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Richtig sehen...
"E foi como se a miopia passasse e ele visse claramente o mundo. O relance mais profundo e simples que teve da espécie de universo em que vivia e onde viveria. Não um relance de pensamento. Foi apenas como se ele tivesse tirado os óculos, e a miopia mesmo é que o fizesse enxergar. Talvez tenha sido a partir de então que pegou um hábito para o resto da vida: cada vez que a confusão aumentava e ele enxergava pouco, tirava os óculos sob o pretexto de limpá-los e, sem óculos, fitava o interlocutor com uma fixidez reverberada de cego."
Clarice Lispector, "Miopia Progressiva", in A descoberta do mundo, Lisboa:
Indícios de Oiro, 2004 , p. 79
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Und so war es...
"Mas nem ali estás agora (...)"
Cristina Campo, O Passo do Adeus. Lisboa: Assírio & Alvim, 2002, p. 57.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Unsichtbare Mauer
"Sem circunspecção, sem mágoa, sem pejo
grandes e altos em redor de mim construíram muros.
E fico e desespero agora no que vejo.
Não penso noutra coisa: na minha mente esta sina rasga furos;
porque tantas coisas havia de fazer lá fora por ti.
Quando construíram os muros como é que não reparei, ah.
Mas nunca o estrondo de pedreiros ou som ouvi.
Imperceptivelmente cerraram-me do mundo que está lá."
Konstandinos Kavafis, Poemas e Prosa. Lisboa: Relógio d'Água, 1994, p. 85.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
I weiss, warum du nicht hier bist
não estás aqui comigo e sei que só sou este corpo deformado
e abandonado num qualquer canto da sala
sou só isto
e esta profunda vergonha de o ser e não ser apenas a outra coisa
essa coisa que sou na estrada onde não tenho esta perna nem este braço
não estás aqui e sinto-me absolutamente indefesa
diante dos dias
que ninguém conheça este meu nome
este meu verdadeiro nome
que não mereceu o milagre
de se ver encoberto
este nome
de terra de dor de paredes este nome doméstico
afinal fui isto nada mais do que isto
as outras coisas que fiz fi-las para não ser isto ou dissimular isto
que ao nascer me deram
não estás aqui comigo, por isso tenho pena acredita de ser só isto
pena até mesmo de dizer que sou só isto
e deixo docemente desvanecerem-se um por um os dias
porque sei que não estás aqui
e neste momento eu sei eu sinto ao certo o que significam certas palavras
perdoa que o tempo te peça
perdoa pagares tão alto preço por eu ser assim
perdoa eu revelar esta dor
mas sou isto é certo e por isso não estás aqui
(lendo Ruy Belo)
terça-feira, 17 de abril de 2012
sábado, 14 de abril de 2012
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Und so ...
"Nada respondo - nada responde o desespero
Solidão sem desvario.
Mas resta, resta a ânsia das palavras murmuradas ao vento
E a emoção das visões vividas no seu melhor momento
Resta a posse longínqua e em eterna lembrança
Da imagem única."
Vinicius de Moraes, Antologia Poética, Lisboa: Publicações D. Quixote, 2001, p. 74
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Für einen lieben Freund
"Voa, livre e feliz, para além de aniversários,
através da eternidade e encontrar-nos-emos
de vez em quando, sempre que quisermos,
no meio da única festa que nunca poderá terminar."
Richard Bach, Não há Longe nem Distância, Publicações Europa-América: Mem Martins, 1979
domingo, 8 de abril de 2012
Du wirst nie da sein... ich weiss...
"sabes a dor não tens sabor
sabes à mão não tens coração
sabes o amor
não tens calor?
sabes a sal mas não tem mal
sabes as cores sem teres louvores
sabes o tempo certo mas nunca estás perto"
João Negreiros, o amor és tu, in http://joaonegreiros.blogspot.pt/
domingo, 1 de abril de 2012
Hoffnungslos
“Os caminhos de Deus atravessam os mares e as montanhas de neve, onde os olhos do Homem não divisam qualquer rasto.”
Karen Blixen, A Festa de Babette e outras histórias, Ed. Asa: Lisboa, 2002, p. 41
Subscrever:
Mensagens (Atom)