sexta-feira, 11 de maio de 2012

Dann...


Quando eu morrer o mundo continuará o mesmo, 
a tranquilidade da noite continuará a envolver as coisas todas
como as envolve agora neste instante.
O vento fresco dobrará as árvores esguias
e  levantará as nuvens de poesia nas estradas...
Apenas eu não estarei cá...
 
Quando eu morrer as águas claras dos rios rolarão ainda, 
alvas de espuma,
as estrelas não cessarão de acender-se
no lindo céu noturno,
e  as frutas continuarão a ser doces e boas.
Apenas eu não estarei cá...

Quando eu morrer a humanidade continuará a mesma.
Porque nada sou, nada conto e nada tenho.
Porque sou um grão de poeira perdido no infinito.

Talvez então te lembres de mim
e me leves flores,
ou, como agora, permaneça esquecida,
mas esse esquecimento já não me magoará
quando eu morrer...

(Leitura do poema de Augusto Frederico Schmidt)

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