terça-feira, 17 de julho de 2012

Tiefe und blaue Stille


"não tenho paciência para ouvir os outros, não tenho paciência para viver, não tenho paciência para  morrer, estou aqui, parada, num desequilíbrio interminável, nunca mais acabo de cair, irrito-me se me falam, sofro se me não dizem nada, odeio o gesto caridoso: a mão de alguém nos meus cabelos, o que eu quero é uma voz que me queira, um momento de descanso nessa voz."

Rui Nunes, Grito, Lisboa: Relógio D'Água,1997, pp. 35-6

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