terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Weil ich dich vermisse...



"Estás todo em ti, mar, e, todavia,
como sem ti estás, que solitário,
que distante, sempre, de ti mesmo!

Aberto em mil feridas, cada instante,
qual minha fronte,
tuas ondas, como os meus pensamentos,
vão e vêm, vão e vêm,
beijando-se, afastando-se,
num eterno conhecer-se,
mar, e desconhecer-se.

És tu e não o sabes,
pulsa-te o coração e não o sente...
Que plenitude de solidão, mar solitário!"


Juan Ramón Jiménez, Solidão in "Diario de Un Poeta Reciencasado", extraído de http://www.citador.pt/

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