"Quem escolhe em nós a relação das estações do ano com certos lugares precisos e a hora precisa de cada dia delas? (...) Se fosse todavia a escolher a memória mais profunda de tudo isto, o que iria encontrar nos resíduos da sensibilidade era o erguer da lua no Verão e a brancura da neve no Inverno. Iniciação à vida e sagração do fim. Talvez. Não sei."
Vergílio Ferreira, Conta-Corrente - Nova série III, Lisboa: Bertrand Editora, 1994, p. 159