quarta-feira, 16 de abril de 2014

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"Seja como for, em dezembro (...) fica tudo escuro e o meu instinto de sobrevivência tenta acreditar no que não se vê. Algum dia vais reaparecer.
Mas como tu e eu sabemos, até hoje esse dia não aconteceu. (...)


Semanas, meses, anos: nem uma palavra. (...)


Agora volto a perguntar, como os gregos quando alguém morria: tinha paixão? Sim, mas a paixão era a sua fronteira. Uma parte ia esgotar a outra e antes disso ele salvou-se."


Alexandra Lucas Coelho, e a noite roda, Lisboa: Edições Tinta da China, 2014, pp. 235, 239, 240 

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