"Mas os que se apaixonam sempre estiveram apaixonados. Há um vestígio de recordação de coisas vividas no coração humano e que nem sequer precisam de corresponder a factos reais. São às vezes um discurso incoerente mas em que entra a seleção das ideias na direção de um núcleo original que a todos nos atrai. A origem das coisas e da vida é o princípio fascinante da nossa inclinação; o amor não significa mais do que um brusco conhecimento da identidade original, o mesmo que nos faz ser difusos no comportamento social, ou religiosos, idealistas e poetas."
Agustina Bessa-Luís. Adivinhas de Pedro e Inês. Lisboa: Guimarães Editores, 2006, p. 17
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