"há dias assim
dias de uma profunda claridade
nos saindo da alma
para atravessar os desertos escuros
(e sorver-lhes a água)
até às portas do infinito
há dias em que saímos de casa
(para o choque brutal da última estrela)
e a ela regressamos
de olhos cansados
mas certos do fogo
nos sulcando
dentro"
Alexandra Duarte, há dias assim, in "de natal em busca", Ed. Pássaro de Fogo, 2006, p. 126
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