sábado, 21 de outubro de 2017

Blumenhaft





"Tem pétalas violáceas, cores do paradoxo, dos crepúsculos e dos indícios da Primavera, dos lilases ainda húmidos de puberdade, do luto mundano, das violetas que se tornam esfinge por efeito da meia-noite, da última fatia misteriosa do espectro polícromo, portanto, de toda a espécie de aristocratismos e de ambivalências fervilhantes. E qual é o sentido, o suposto conteúdo da vida, senão a manifestação do aristocratismo e do mistério?"

Miklós Szentkuthy,  Escorial, Lisboa: Editorial Teorema, 1991, p. 77


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