"Podia ter sido assim comigo. Não foi. Não houve nem amor, nem homem, nem alma. O que sucedeu é que , com o tempo, deixei de ter esperas. E quem deixa de ter esperas é porque já deixou de viver. E é por isso que fujo: tenho medo de ser devorada. Não pela ansiedade que mora dentro de mim. Devorada pelo vazio de não amar. Devorada pelo desejo de ser amada."
Mia Couto, A confissão da leoa, Alfragide: Editorial Caminho, 2012, p. 61
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